
“(...) uma filosofia mais perto do osso (...),
Uma filosofia na carne.
Uma perspectiva filosófica baseada
No nosso entendimento empírico
Da mente corporificada.
O significado é fundado em
E através dos nossos corpos.
Para fazer questões filosóficas, nós usamos
Uma razão formada pelo corpo.
Não há uma tal faculdade de razão autônoma,
Plena, separada e independente
Das capacidades corporais
Como a percepção e o movimento.
A natureza peculiar dos nossos corpos
Formam as nossas muitas possibilidades
Para a conceitualização e para a categorização.”
(Lakoff e Johnson).
É por esses e outros motivos/estudos/entendimentos
Que venho entendendo a dança
Como uma forma de pensar
E de fazer filosofia no/com o corpo.
Venho querendo fazer/pensar dança perguntando.
Uma dança que produza novas perguntas,
Estimule a quem a assiste a pensar sobre ela
E sobre os seus próprios atos/movimentos/experiências.
Dança, um pensamento do corpo
Que faz outros corpos pensarem também.
Bem como mostrou Pina, bem como disse Helena
(a Bausch e a Katz).
Por uma dança mais perto do osso,
Da carne, do corpo, da pessoa, do cotidiano.
Menos estilizada, menos etérea, menos virtuosa.
Por uma filosodança.
(Mo)vendo-me no meio disso, estou.
Imagem do Espetáculo ‘O corpo é o que você gosta’
Cia. Sarx de Teatro-dança 2008
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