
Oito meses após perder seu companheiro, o professor George, interpretado por Colin Firth, decide tirar a própria vida. E a narrativa do filme discorre acerca de como ele organiza seu último dia. Todos os ensaios de suicídio falham, comicamente. As situações e pessoas que se atravessam dosam de variedades esse dia dramático. Em primorosa atuação, Julianne Moore interpreta Charley, a amiga íntima descrente dos amores humanos e amante da bebida e do cigarro, que acrescenta momentos irreverentes e graciosos ao filme.

A melancolia das doídas fraquezas humanas são docemente temperadas com beleza e arremessadas ao espectador que, se atento, as reconhece como suas, sem costuras ou intervalos. A necessidade de não ser só atravessa toda nossa experiência. Não somos caras metades, somos corpos inteiros, povoados de conjuntos vazios que anseiam por conter os elementos que no outro estão contidos, para poder somar, dividir, multiplicar e, também, subtrair as precariedades vitais.
Apesar dos marcelos, dourados de ignorância, trancados numa jaula televisiva e vomitando impropérios infundados, viva ao direito de amar e abaixo o preconceito infame.
Imagens capturadas no site Cinema em Cena: http://www.cinemaemcena.com.br/FICHA_FILME.ASPX?ID_FILME=8023&aba=detalhe
Nenhum comentário:
Postar um comentário