11 de agosto de 2009
Dança mais perto do osso, na carne
“(...) uma filosofia mais perto do osso (...),
Uma filosofia na carne.
Uma perspectiva filosófica baseada
No nosso entendimento empírico
Da mente corporificada.
O significado é fundado em
E através dos nossos corpos.
Para fazer questões filosóficas, nós usamos
Uma razão formada pelo corpo.
Não há uma tal faculdade de razão autônoma,
Plena, separada e independente
Das capacidades corporais
Como a percepção e o movimento.
A natureza peculiar dos nossos corpos
Formam as nossas muitas possibilidades
Para a conceitualização e para a categorização.”
(Lakoff e Johnson).
É por esses e outros motivos/estudos/entendimentos
Que venho entendendo a dança
Como uma forma de pensar
E de fazer filosofia no/com o corpo.
Venho querendo fazer/pensar dança perguntando.
Uma dança que produza novas perguntas,
Estimule a quem a assiste a pensar sobre ela
E sobre os seus próprios atos/movimentos/experiências.
Dança, um pensamento do corpo
Que faz outros corpos pensarem também.
Bem como mostrou Pina, bem como disse Helena
(a Bausch e a Katz).
Por uma dança mais perto do osso,
Da carne, do corpo, da pessoa, do cotidiano.
Menos estilizada, menos etérea, menos virtuosa.
Por uma filosodança.
(Mo)vendo-me no meio disso, estou.
Imagem do Espetáculo ‘O corpo é o que você gosta’
Cia. Sarx de Teatro-dança 2008
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