22 de fevereiro de 2010

Formas nas sombras


Coincidências ocorrem. Pequenos milagres cotidianos podem ser reais. Tipo... Uma graça alcançada. E pode acontecer sem que tenhamos qualquer conhecimento das forças que movem isso. Se rezei? Olha, confesso que recitei, mentalmente, um "Anjo da Guarda".

Saía eu em minha peregrinação trabalhista. Buscar sustento na nova cidade. Primeiro lugar onde entro: Uma escola. Escolhida pelo simples fato de estar próxima do local onde estava hospedado, o quarto entre as antigas casas soteroplitanas, bairro de nome Nazaré.

Naquele local, naquela hora faziam seleção para a vaga de educador de filosofia. O último candidato tinha acabado sua entrevista. Lá chego, e nesse exato momento me torno o próximo candidato a ser entrevistado.

Empatia? Credibilidade nas habilidades? Arte e filosofia? Filosofia com arte? Foram os astros que me enviaram? Enfim, lá estava, disposto.

Ao final, um sinal para aguardar. Saí. Sentei-me nas escadas da Igreja azul, que iluminada, à noite, exibe belos traços, e suspirei. Seja o que as mais boas forças do universo quiserem.

Sigo minha peregrinação cidade afora semeando currículos. Em torno das três horas da tarde, a hora santa, toca o telefone, chamada lá de Nazaré.... Não era da carpintaria de José, mas da escola onde ajudarei a fabricar esculturas e peças, não de madeira, mas de filosofia. Já consigo ver formas nas sombras baianas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário