1 de fevereiro de 2010

Lá na curva o que é que vem?

Oi Lorelai... Estou meio reticente, amiga... Tatuado por pontinhos que indicam indecisão, algo a ser feito, um certo devir... Não é, propriamente, uma dúvida cruel. É uma dúvida em meio a duas grandes conquistas. Sabe aqueles momentos em que a vida te proporciona duas grandes possiblidades, mas você só pode escolher uma? Escolha! Choice! Esse é o crivo da coisa. Saber escolher e se (re)definir ao longo da vivência do escolhido. Existem sinais muito palpáveis de cada um dos rumos... Mas meu ser inquieto e incompleto insiste em querer aquilo que mais difícil se apresenta, pelo qual terei que suar mais, e que, no entanto, dá uma sensação de satisfação, apesar das incertezas. Inconformado ser humano sou, disposto aos caminhos mais estreitos. Estou (re)vendo a curva do rio de minha infância, que espelhava horizontes, sonhos bons de futuro. Me vejo como Pocahontas rio abaixo na canoa, imaginando o que vem depois da curva do rio: "Lá na curva o que é que vem? Que caminho vou seguir? Qual a melhor solução? (...) só sentir que meu sonho vive e depois da curva vem..." Se trata de sonhos que cultivei num canteirinho secundário do jardim da minha vida. Agora aparece uma chance, em décima colocação, de me voltar só para eles e regá-los... E ver como se desenvolvem. Afinal, é sempre incerto prever quantas primaveras ainda teremos. Bem, é assim que me encontro... Qualquer novidade, te falo... Será "que um dia eu vou ouvir algum tambor distante que me chame?"

Foto: Odailso Berté

Nenhum comentário:

Postar um comentário