4 de março de 2010

Regando jardim com poesia grega

Os dias aparecem um depois do outro divididos pelo escuro e pela clareza, coisa mais normal do mundo. Mas o que vai alterando a magnitude de cada dia, além do espetáculo natural, é o que vamos empreendendo cotdianamente na teia evolutiva.

Passei por medos nesses dias. Pois aquilo para o qual aqui vim, demorou a começar. Sombras meio corruptas pareceram se interpor pelo caminho. Mas nada que uma pergunta direta não arranque a maldita pulga detrás da orelha. É, pergunta quem entende, reponde quem sabe.

Fraquejar não condiz com quem deixou as seguranças para mergulhar nos desafios, mesmo que a burocracia daqui insista em ser lenta, despreocupada e muito propensa a longos intervalos. Eis-me aqui para sustentar minhas espectativas.

Sigo construindo os dias entre aulas, ônibus lotados, visão direta para o mar, heróis gregos, filosofia e dança... Entre ruídos adolescentes que às vezes ensurdecem, mas, contando-se até 10, fica fácil transfigurá-los em agradáveis sons provindos de corpos descobrindo as belezas da vida.

Foto de John Ross, do Espetáculo "Cravos" de Pina Bausch, capturada em:
http://www.ballet.co.uk/magazines/yr_09/jul09/obituary_pina_bausch_0609.htm

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