16 de julho de 2011

Inalando quintais


A sobriedade dos dias vão tomando seus assentos e recompondo seus acentos. Depois de um turbilhão acadêmico, descansos merecidos, filmes aprazíveis, fotos da casa de Frida Kahlo (direto do México, feitas in loco) e uma coreografia alusiva a essa diva florida, vão dando as cores do fim de uma estadia.

Assim, o cotidiano vai se compondo de adaptações, contaminações, trocas, transformações, consentimentos, entre outras coisas. Quando me dou conta, vejo que ainda não estou pronto para o amor, mas sonho com ele. As ternuras dos dias ainda não articulam um mosaico romântico.

Entre deixar e recomeçar, vejo que minhas tarefas ainda tendem a um esforço maior, provações ainda por ser inéditas. Sendo só eu, e isso já me basta, me recolho no que sou e me espalho no que posso. Me pinto, me borro, me limpo. Dou conta de tecer minhas artimanhas, artes e manhas. E tinjo das cores que gosto, na rua ou em casa, o homem que sou, dou, estou.


Foto: Wolney Fernandes, "Casa de Frida Kahlo".

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