Certas coisas, de tão mortas, nem conseguem cair.
O limite daquilo que nos permite ser e estar no lugar do outro pode estar bem limitado na sua posição. Alteridade, ou, outreidade, podem ser temas inexistentes no almanaque intelectual de alguns ‘eutros’.
Seria possível... Eu fantasma de mim?
‘Os Outros’, cinematograficamente, me inquietaram a ponto de perceber o cúmulo do não se tocar, do não se dar conta, do não me enxergar.
Listando os terrores que incorporamos sem perceber:
O medo que faz trancar uma porta antes de abrir qualquer outra;
A neura de castigar quem diz o que ouço, mas que não quero ouvir;
Os verbos agradar e agredir incorporados pela mesma mão;
O apego aos espaços onde me sinto tão grande que obrigo o outro a sair;
A cisma de não permitir a claridade ao outro deixando-o sempre a-luno = sem luz, para continuar forçando-o a ver os azuis do meu céu, a sentir o fogo do meu inferno, a suportar a inquisição do meu purgatório, a brincar de boneca assassina no meu limbo.
‘Os Outros’ tocaram meus outros ‘eus’ sem nenhum terror.
Me mostram que minhas trevas podem aparecer à luz do dia.
E que por várias vezes, eu posso ser o outro que me assusta.
Imagem do Espetáculo ‘Som e Luz em Corpos’
Ruínas de São Miguel das Missões/RS
Cia. Sarx de Teatro-dança 2006
O limite daquilo que nos permite ser e estar no lugar do outro pode estar bem limitado na sua posição. Alteridade, ou, outreidade, podem ser temas inexistentes no almanaque intelectual de alguns ‘eutros’.
Seria possível... Eu fantasma de mim?
‘Os Outros’, cinematograficamente, me inquietaram a ponto de perceber o cúmulo do não se tocar, do não se dar conta, do não me enxergar.
Listando os terrores que incorporamos sem perceber:
O medo que faz trancar uma porta antes de abrir qualquer outra;
A neura de castigar quem diz o que ouço, mas que não quero ouvir;
Os verbos agradar e agredir incorporados pela mesma mão;
O apego aos espaços onde me sinto tão grande que obrigo o outro a sair;
A cisma de não permitir a claridade ao outro deixando-o sempre a-luno = sem luz, para continuar forçando-o a ver os azuis do meu céu, a sentir o fogo do meu inferno, a suportar a inquisição do meu purgatório, a brincar de boneca assassina no meu limbo.
‘Os Outros’ tocaram meus outros ‘eus’ sem nenhum terror.
Me mostram que minhas trevas podem aparecer à luz do dia.
E que por várias vezes, eu posso ser o outro que me assusta.
Imagem do Espetáculo ‘Som e Luz em Corpos’
Ruínas de São Miguel das Missões/RS
Cia. Sarx de Teatro-dança 2006
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