5 de janeiro de 2010

Pisando

Descalço dos passos antigos, calço novos passos para fazer outros tantos passeios.
Passear, passar, ser passageiro que deixa pegadas, que tem boa pegada.
Pegar e levar, tocar e deixar, apenas olhar.
Pensar até com os pés, pesar e pestanejar.
Apenas penar não vale.
O vale que atravessamos pode ser sítio de pica-paus amarelos.
Picas e paus de todas as cores, de voar, de entrar, sair e gozar.
Pelas piadas desses pintos passamos, com pilhas de nervos.
Pêlos nos pés, meias e tênis novos, para novas passagens.

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