O menino sempre fora encantado com chuvas e tempestades. Não porque o terror lhe atraisse, mas pelos momentos bons que traziam. Nas noites de chuva e vento fortes seu pai e sua mãe reuniam os filhos em seu quarto, sobre a sua cama. A propósito, sua primeira irmãzinha já era nascida.
A família se aninhava ouvindo, silenciosa, os rumores do vento, quebrando galhos lá fora, e a descompassada orquestra dos pingos de chuva no telhado de zinco. A vontade do menino era que a chuva não parasse, mas o pedacinho do ramo bento que sua mãe queimava abrandava a tempestade. Chovia lá fora e o amor molhava lá dentro. Nas tempestades do menino chovia líquidas emoções e ventava eternos aconchegos.
Imagem: Wolney Fernandes
A família se aninhava ouvindo, silenciosa, os rumores do vento, quebrando galhos lá fora, e a descompassada orquestra dos pingos de chuva no telhado de zinco. A vontade do menino era que a chuva não parasse, mas o pedacinho do ramo bento que sua mãe queimava abrandava a tempestade. Chovia lá fora e o amor molhava lá dentro. Nas tempestades do menino chovia líquidas emoções e ventava eternos aconchegos.
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