26 de fevereiro de 2010

Homem meio menino ainda

Oi Lorelai! sigo bem, querida, me acostumando com o novo lugar, o novo trabalho, o novo estudo, os novos amigos ainda desconhecidos. Hoje saí para comprar utensílios domésticos. Comprei minha primeira geladeira. Acho que já sou homemzinho.

Sabe Lô, é bom amar, mas é tão árduo estar apartado do bem querer. Há pouco vi um recado deixado para Sofia, que nebuloso aquilo. Palavras que exalam angústias, obscuros atos, momentos cinzentos. Pareceu meus pesadelos, mas com outros atores.

Às vezes me sinto como que se estivesse me arrastando, pedindo aconchego, implorando um carinho. Me pego desejoso ouvindo as músicas que trazem influências do bem querer que fica longe. Creio que isso faz parte das incompletudes humanas dispostas a um pouco de autoflagelação para poder testar desejos.

No mais, sigo amando. Sendo um homem, recém homem, meio menino ainda, que duvida de si e muitas vezes do próximo, mas ama e deseja muito seu bem querer. Obrigado por esse momentinho de escape. Sigo me apresentando à nova realidade. Tchau...

Imagem: Jochen Viehoff, do Espetáculo "Para Crianças de Ontém Hoje e Amanhã" de Pina Bausch.

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