21 de fevereiro de 2010

(m)eu monstro preferido


Onde vivem os monstros? Em nós(so) corpo. Em torno de nós. Nas nossas relações, boas ou conturbadas. Monstros - metáfora das nossas mais variadas faces, atitudes, posturas, concepções...

É o que narra o filme "Onde vivem os monstros" (EUA, 2009), baseado no livro infantil, de mesmo título, de Maurice Sendak (1963). O menino Max (eu, você, sua mãe, amigos...) imagina um mundo no qual se depara com suas próprias atitudes - monstros.

Dentre os monstros, muito simpáticos, uma me chamou a atenção: Judith, a cética. Sua maneira de questionar e duvidar tocou a minha. Nesse meu momento passo por encruzilhadas, hesito perante escolhas, abandono certezas. Meu ser duvidoso, crítico, cético infla e se faz parceiro de Judith, meu monstro do momento.

Ela me inspira a não ser superficial nas escolhas, criticar minhas decisões, duvidar daquilo que hoje parece certo. Entendendo que certezas e verdades são datadas. Hoje podem ser, amanhã não mais.

Judith estimula o ser filosófico, é a sofia que não se contenta com pouco, que replica meu riso para que eu me dê conta não de como rio, mas do quê me faz rir. Judith é parte de mim. Sou dúvida, ceticismo, amor, desejo, razão, emoção e muito mais. Tenho monstros em mim. E é bom conhecê-los para que eles não me devorem. E você, conhece seus monstros?

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