O Pensador pensa a dor
Caminha na chuva, invade a tempestade de ruas alagadas
Pede passagem em meio ao turbilhão fluvial
Visita o mar mesmo já estando afogado em lágrimas
E este lhe cospe muitas gotas no rosto
A negra tormenta vem andando sobre as águas e lhe encharca as vestes
Ele não teme a ameaça das ondas bravias
Que antes das pedras e areia querem quebra-se no seu corpo
Anda pensador andarilho
Indigente de si
Viajante em palavras de amor
Para se encontrar, o que você tem que perder?
Dez tinos molhados
Atinados à seco
Lavados à mão
Regados de sonhos
O que cabe a você está longe, marujo inundado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário