9 de julho de 2010
Das cotidianidades pequenas
Sexta-feira na Bahia é dia de branco. Vesti preto. Inocência premeditada? Ao bater duas da tarde a entrega da conta foi feita. Obrigação cumprida. Novo rumo ao trabalho.
Diante de quem me sentirei desnudo? De quem me chefia de modo indireto, me olha por tabela e aparenta ares de delicadeza? De quem ocupa cargo menor, carrega o tom da tinta forte, me olha com certa inocência? De quem se desvela em dúvidas, instaura minha exitação, me olha e reconstrói meu mundo?
Dos tempeiros comprados já não suporto o sabor. Prefiro a coisa caseira, de fogão simples e panela velha. Já basta de artificialidade rotineira. A fala desvairada irrita, não se articula direito, eleva o tom, reclama bobeiras... Afff!!! Cala a boca, Magda!
Passei no cinema, mas a torta de limão e o chá-mate Leão, tostado, me pareceram mais eternos do que 'Shrek Para Sempre'. Do que resta da tarde chuvosa, escrevo, leio, ouço música e recordo tempos de amar.
Já pus a roupa preta para lavar. E dos olhares sorrateiros que nem comentam a proposta, quero distância. Providenciarei meu (dis)curso naquilo que me cabe .
Imagem capturada em:
http://eddson.wordpress.com/2008/04/27/tu-tens-um-medo/
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