20 de agosto de 2010

Unusual Way


Se agora, tivesse que responder quem sou, não saberia que termos usar. Não sei ser bom todos os dias. Palavras falsas são traições da experiência. Não quero precisar de um eu conceitual que some quando preciso, que me causa insônia quando tenho pesadelos, que me traz amnésia quando tento dissertar a meus respeitos.

Não consigo tecer boas filosofias em todas as aulas e nem posso redigir boas críticas de tudo o que leio. Sou avesso da normalidade, erro acreditando estar certo e apelo ao capeta quando estou necessitado. Mas sempre os anjos me acolhem em seus braços pois sabem que sou bonzinho.

Acredito que um dia deixarei de pecar só de vez em quando, para melhorar as formas de saborear as delícias da pecadolatria. Amanheço com vontade de acordar vestido de príncipe, mas olho no espelho e vejo o sapo não beijado. É, sou anfíbio às vezes. Mas não tolero perereca.

Ainda procuro aquele jeito incomum que baixou minha guarda, tirou-me a resistência da qual fui herói um dia, inspirado em She-ra, He-man, Mulher Maravilha, Super Homem. Minha inocência se perde por vontade própria, sai com o lobo e deixa a vovó a ver navios de dentro de casa. Esse jeito incomum me consome.

Imagem capturada em:
http://brasilintest.blogspot.com/2008/12/crise.html

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