20 de outubro de 2010

Big boys don’t cry


Sim, homens choram. E não há porque temer ou esconder isso. Mas o que digo é, apesar da dor e da decepção, sempre é possível recobrar as forças. E reencontrar formas de seguir pode ser uma forma de ‘engolir o choro’.

Não penso em autoajuda ao desenhar em palavras essa situação de vida, minha e de tantos outros. São nexos de cotidiano que reúno para dizer das coisas existenciais que, por mais banais que pareçam, desvelam o ser que vamos sendo.

Contos de fada nem sempre têm finais felizes, têm? Há um movimento a seguir para deixar de ser menino, entendendo que contos nem sempre são reais. São historinhas que eu conto, você contou, nós contamos.

Mas o bom é perceber que, apesar dos sustos, só estando abertos é que coisas novas nos vem, toques novos, olhares novos, canções novas... Para nos fazer sentir, de um jeito novo, o gosto de se afeiçoar. Parece tão corriqueiro, mas é verdade, depois da tempestade, vem o sol. Só, vale lembrar, que isso não nos dá o direito de lançar raios sobre as pessoas.

Grandes meninos choram, mas conseguem secar as lágrimas e tentar sorrir de novo, vislumbrando segurança e atração em situações inusitadas que, carinhosamente, mostram um caminho à frente.

I hope you know
I hope you know
That this has nothing to do with you
It's personal, myself and I
We got some straightening out to do…
(Big girls don't cry - Fergie)



Foto: Odailso Berté

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