23 de outubro de 2010
Sex and the Apprehension
Ao tentar voltar à estrada depois de um acidente, como devem lidar os sensores em relação aos possíveis perigos? No que diz respeito aos estreitos caminhos do amor, como estar aberto e, ao mesmo tempo, ser apreensivo?
Nós humanos vivemos atando e desatando relações. Nossos convívios nos permitem tanto a necessidade quanto o receio do outro. As experiências nos mostram a que níveis pode chegar nossa humana e carente animalidade nos relacionamentos.
Gato escaldado pensa muito bem antes de passar outra vez pelo território do perigo. Os protagonistas dos relacionamentos findados podem ser considerados ‘mestres’ que deixaram alguma lição a ser considerada no caminho que segue.
Mas como não fazer das novas possibilidades de se afeiçoar palcos para fantasmas passados atuarem? Como deixar que cada experiência se desvele em sua especificidade? Como entender que cada corpo trás uma história diferenciada para dispor na relação?
Aceitar que cada momento é feito de dádivas e dúvidas nos ajuda a recompor as vias afetivas, deixando espaços de acostamento, caso uma parada seja necessária, e otimizando a legibilidade da sinalização, caso os visores embacem.
Acidentes são sempre imprevisíveis, todavia, o receio de que aconteçam não pode nos tirar dos trilhos. Amar continua sendo um caminho a ser definido pela nossa disposição em seguir adiante e pelas condições que se interpõem durante o trajeto. É difícil o andar, mas desistir da viagem é perder o rumo. Entre as idas e vindas, uma indicação de espera à beira do caminho, pode ser um sinal verde para seguir livre, ou, para ter esperança.
Imagem capturada em:
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