12 de dezembro de 2010
a fim de que findem os fins
Finda o domingo.
Fim de semestre.
Termina o ano.
Acabam os amores jurados em meio a abraços partidos.
Não adianta, os começos e os meios sempre terminam nos fins.
A fim das coisas que penso merecer, sento na cama e despenco palavras corpo afora, para exorcizar os doídos fins, para desejar bons começos.
Sei de algumas peripécias vitais que compõem nossa tênue biologia afetiva e ainda temo pelas tentativas de um ex que ainda não admite o fim.
Um mau começo é o fim, por isso, enfeito meu medo com aromas de condão, carinhos de mão e toques de coração.
Vejo que de infinitos fins é que se fazem nossas vidas. Os gestos vão e vêm, mas o que será que fica? Finalmente, só sinto que ficam os fins.
Foto: Odailso Berté
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