25 de junho de 2011

Das aves que posso ser


Entre as sobriedades que encontro pela vida afora, deixo aflorar sentimentos e vontades de estar só, talvez para me conhecer melhor, saber porque sou mais assim e menos assado.

Vou me dando conta que entre fins, meios e começos, deixei um menino para trás, um moleque sonhador que cheirava a relva e sonhava com as luzes de um palco. Acho que ainda sou um pouco assim.

Como um cisne negro, desloco minhas dualidades para que dancem e jamais se entreguem ao sono da previsibilidade que apaga a surpresa, o encanto, a criatividade. Picardia não se apanha ao relento, se tece como rede, entre os vários fios, pontos e nós do dia a dia.

Entre minhas penas, me faço cisne, pombo, águia e galinha, falcão de vez em quando. Entre alçar voos, rasgar nados, ciscar terrenos, passo tempos pensando que sou pássaro, para que passem os dias e eu chegue lá.

Imagem capturada aqui.

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