17 de agosto de 2011
Como Pina, Huma Rojo e...
À noite a vida vai ficando mais silenciosa por aqui. O brilho das luzes misturadas com o vento tremula por entre ávores devassas. O escuro é convidativo e não assuta mais como na infância.
Sinto que minhas pretensões estão mais mansas, sem tantas tensões, mais adeptas a silêncios, perguntas e suspiros. Pensamentos escorrem pelos cantos dos olhos, sentimentos exalam pelos poros e limites parecem elementos infláveis que posso esvaziar com facilidade.
De volta ao ninho seguro, deixo estas palavras fazerem-se imagens para que outros vejam. Soletro nelas as nuances de um eu-corpo solto no mundo e preso na existência, afoito em rosnar em torno de ternuras vividas e vindouras. De companheiro em mais esta noite escrura, um cigarro, para mentolar as vontades e desvanecer em fumaça as saudades...
Imagem capturada aqui.
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