5 de outubro de 2011

Elvis e Madona, um conto de amor (trans)viado

Quando o inusitado inunda nossa percepção de amor, risos e ousadia... O romance entre Elvis (Simone Spoladore), uma lésbica, e Madona (Igor Cotrim), uma travesti, ao parodiar os nomes do rei do rock e da rainha do pop, abraça nossos sentidos e dá um choque no preconceito.

Entre pizzas, um show, um bandido e um bebê, a trama tece possibilidades de ser, de amar, de se relacionar, de sonhar, de perder e ganhar. Spoladore e Cotrim desfiam sutilezas na interpretação fazendo de seus personagens pessoas de verdade, sinceras, bonitas, ousadas, meigas, ousadas, ciumentas, sonhadoras... Como todos nós, assim, diferentes e únicos.



Madona é cabelereira e sonha ser uma estrela. Elvis é entregadora de pizza e sonha ser fotógrafa. O cotidiano de ambas vai revelando detalhes e situações onde: a estrela tem um brilho que se expande do salão de beleza, pelas calçadas de Copacabana, até o palco; a entregadora de pizza, ao se deparar com as belezas frugais do cotidiano, registra e cria imagens a partir de um olhar sensível.



Para quem acredita que o amor vale a pena, independente de sua forma e dos padrões que regem a pretensa "boa conduta" das relações de gênero, o filme "Elvis e Madona" (2011), dirigido por Marcelo Laffitte, traz sentidos cheios de graça e de razão. Da ousadia, simplicidade e esperança de Madona, guardo a frase: "Às vezes a vida te tira tudo. Mas se você precisa e merece, no momento certo ela te dá de volta".





Imagens capturadas aqui, e aqui.

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