1 de novembro de 2011

um por um


Os dias vão trocando de lugar entre si em cadência crescente e nós nos movemos dentro deles, passando por coisas, pessoas, momentos. Alternando situações, sentimentos, lembranças, esquecimentos.

Os acontecimentos vão sedimentando uma existência que leva o sabor das nossas escolhas. A degustação é cotidiana: picante, sem sal, gostosa, doce, amarga, azeda... Não importa, pois tem de ser provada constantemente.

O corpo eterniza as marcas daquilo que lhe é significativo. Sem rodeios e com a petulância que lhes é característica, tais marcas emergem e submergem conforme alguns trechos do dia a dia assaltam-lhes em seu sono na cama da memória.

E desse modo, embora sejamos seres relacionais, é nas clausuras subjetivas, de cara com a solidão, que juntamos os pedaços de vida, bricolamos desejos, saudades e perspectivas para tecer a constância do existir.

Todos os pedaços... Um por um, como diz a canção...



Imagem capturada aqui.

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