3 de maio de 2012

entre teias e enredos


Entre teias e enredos, frio e estudo, solidão e saudade, aventuro memórias doces, insanas e vagarosas... Que vagueiam meu pensar, sentir e gozar esses momentos tão típicos de minha persona.

Recordo das histórias da Carochinha, de como ela, qual Felícia, hoje agarra seu novo gato. Este, expelindo encantamentos pelo sorriso e pelo olhar. Ao que parece, Carocha pode repetir seus padrões afetivos de docilidade romântica, o que depois, quando enjoar do gato, se tornará "a" dificuldade para o pobre bichano de desvincular dos laços.

Dos tempos de infância acordaram cenas do recreio brincado, dançado, cantado, como se fossemos o "Trem da Alegria", tendo como palco as prateleiras da velha copa do campo de futebol. O sol de inverno lá de Jaboticaba me aqueceu hoje, trazendo saudade do que fui e que permanece aqui nesse corpo - artista - infante.

 Nas canções e performances de Glee para Whitney, embalo sentimentos que, aparentemente, vivo sozinho, todavia, são povoados de personagens que seguem colados aos meus afetos. Às vezes a dois, outras a mais... De "I have nothing" a "It's not right but it's ok", como Kurt e Blaine, traço linhas, colagens e ilustrações que dizem bem do amor que vinha me deixando e que deixei.

Vestindo-se de Miss Simpatia, Sandra Bullock desfere os tiros mais certeiros de humor e amor. Ah, esses policiais que mexem conosco, Gracie... Se soubessem o quanto nos custa ser agente e refém, mesmo passado quase um ano.

Assim, a solidão se faz macia, leve e até gostosa. Adornada pela saudade do amor que não mais tenho, mas sinto... Que não pesa, mas ocupa espaço. Que não consome, mas ainda me rouba lágrimas quando, despercebido, me deixo beijar pela imagem, pelo sorriso, pelo toque, pela respiração, pela cor... "... If I don't have you."

Imagem de Benjamin Bratt, capturada aqui.

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