Uma dança submersa onde o corpo adere às águas sem considerar se vai morrer afogado ou não... É assim um homem quando ama. É assim que se inicia o filme "Direito de Amar - A single man", dirigido por Tom Ford, (EUA, 2009). Uma obra cinematográfica de um tratamento estético bem equilibrado e de uma narrativa visual tocante pela sensatez com que organiza verdades humanas cotidianamente invisibilisadas.
Oito meses após perder seu companheiro, o professor George, interpretado por Colin Firth, decide tirar a própria vida. E a narrativa do filme discorre acerca de como ele organiza seu último dia. Todos os ensaios de suicídio falham, comicamente. As situações e pessoas que se atravessam dosam de variedades esse dia dramático. Em primorosa atuação, Julianne Moore interpreta Charley, a amiga íntima descrente dos amores humanos e amante da bebida e do cigarro, que acrescenta momentos irreverentes e graciosos ao filme.
Prestes a cumprir sua própria sentença, George descobre que ainda pode despertar interesses, pode amar outra vez, pode refazer os sentidos dos seus sentimentos. E esse homem, que em toda a vida só foi feliz quando esteve conectado a outra pessoa, morre quando desiste de se matar. O coração partido que estava levando-o a se matar, pára de bater, poupando-lhe o suicídio, mas não a vida.
A melancolia das doídas fraquezas humanas são docemente temperadas com beleza e arremessadas ao espectador que, se atento, as reconhece como suas, sem costuras ou intervalos. A necessidade de não ser só atravessa toda nossa experiência. Não somos caras metades, somos corpos inteiros, povoados de conjuntos vazios que anseiam por conter os elementos que no outro estão contidos, para poder somar, dividir, multiplicar e, também, subtrair as precariedades vitais.
Oito meses após perder seu companheiro, o professor George, interpretado por Colin Firth, decide tirar a própria vida. E a narrativa do filme discorre acerca de como ele organiza seu último dia. Todos os ensaios de suicídio falham, comicamente. As situações e pessoas que se atravessam dosam de variedades esse dia dramático. Em primorosa atuação, Julianne Moore interpreta Charley, a amiga íntima descrente dos amores humanos e amante da bebida e do cigarro, que acrescenta momentos irreverentes e graciosos ao filme.
Prestes a cumprir sua própria sentença, George descobre que ainda pode despertar interesses, pode amar outra vez, pode refazer os sentidos dos seus sentimentos. E esse homem, que em toda a vida só foi feliz quando esteve conectado a outra pessoa, morre quando desiste de se matar. O coração partido que estava levando-o a se matar, pára de bater, poupando-lhe o suicídio, mas não a vida.
A melancolia das doídas fraquezas humanas são docemente temperadas com beleza e arremessadas ao espectador que, se atento, as reconhece como suas, sem costuras ou intervalos. A necessidade de não ser só atravessa toda nossa experiência. Não somos caras metades, somos corpos inteiros, povoados de conjuntos vazios que anseiam por conter os elementos que no outro estão contidos, para poder somar, dividir, multiplicar e, também, subtrair as precariedades vitais.
Apesar dos marcelos, dourados de ignorância, trancados numa jaula televisiva e vomitando impropérios infundados, viva ao direito de amar e abaixo o preconceito infame.
Imagens capturadas no site Cinema em Cena: http://www.cinemaemcena.com.br/FICHA_FILME.ASPX?ID_FILME=8023&aba=detalhe
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