6 de fevereiro de 2011

ao travesseiro


Há um punhado de coisas a serem ditas a mim mesmo. Mas que palavras usarei para que eu entenda?

Em algum lugar de mim há um ponto que dói, mas nenhum sinal me indica a direção, nem sei que calmante tomar.

Tenho estranhado minha vontade de não estar só. Ela cisma que tem um segredo a me contar, todavia, se faz de cega, surda e muda.

Há alguns dias fui acordado por palavras frugais, acentos que não eram meus, aposentos que imaginei nos céus, acalantos que deixei ao léu.

De destino e senda, fogo e memória, aconchego meus gestos em toques que transcendem o sim e o não, para, numa pacata tentativa, ascender uma pequena chama de amor e nela adormecer.


Imagem: Colin Firth no filme "Direito de Amar", de Tom Ford.
Capturada em:
http://www.cinemaemcena.com.br/ficha_filme.aspx?id_filme=8023&aba=detalhe

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