4 de maio de 2011

Para recriar Kahlo no Corpo


Pintei o céu de azul celeste
Quando acordei com o dia nublado e de cor
Triste amarelada fiz o dia entardecer.
Eu me canso de chorar e não amanhece.
Bem no meio da minha pelvis ouço um grito
Interminável, choram lágrimas vermelhas
E eu rio melancólica, dessa vez não menstruei.
De Narcíso sinto e pinto o espelho do meu mundo
Do meu amor, eu sou perfeita!
Faço dos meus passos, coloridos
E atravesso o universo correndo.
Olhos que enxergam a alma, as cores
Os calos da minha vida souFrida.


Texto: Ricardo Albuquerque
Foto: Odailso Berté

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