4 de junho de 2011
Magnetizando sentimentos de metal
Quando se está aprendendo a ser só acontece um tipo de mutação. O homem de ontem não é mais o de hoje. Em mínimos percentuais a evolução vai instaurando suas transformações cotidianamente. Somos ex-homens, x-men, que se modificam em suas relações.
Sem apologia à diferença e sem vitimizações simplórias, entendo que diferir pode doer. Assumir postura provoca ruptura, implica em constituir uma pergunta, no corpo que se é, que nem sempre pode ser respondida.
O personagem Magneto (Michael Fassbender) do filme "X-men: first class" (2011), dirigido por Matthew Vaughn, é um menino que descobre aquilo que pode em meio às perdas afetivas que vão se concretizando em sua vida. E um cuidado importante que se configura é equilibrar o poder entre a raiva e a serenidade.
Quando alguém que nos constitui é tirado de nós, forças quase inexplicáveis ditam normas que soam como lâminas afiadas, enrubecem o corpo e dissolvem o filtro da ética que por vezes guia o agir. Perder, possibilita ganhos contraditórios, que anseiam por um equilíbrio que nem sempre temos de imediato.
Aleatoriamente, vamos tecendo modos de despir a diferença que constitui o eu opositor que somos. Entre malandragens e hipotermias emocionais, se ajusta um corpo que interfere no ambiente por onde passa, magnetizando sentimentos de metal, seus e de outros.
Imagem capturada aqui
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