25 de julho de 2011
Negligência ao amor
São coisas simples, às vezes detalhes insignificantes, que, se observados com perspicácia, dizem das atitudes humanas. Se o peixe morre pela boca, o ser humano se trai pelos atos. É por isso que certas pessoas não valem a pena. Não valem a saudade, as lágrimas, os beijos guardados, os carinhos exclusivos, os pesares que nos fazem definhar em sua ausência.
Em certos momentos, se faz justo e necessário um recesso afetivo, mesmo que isso nos custe energias, sublimações e prantos às escondidas. De repente, a mensagem "I miss you" se converte em um recado seco que machuca como a dor da primeira pedra atirada injustamente.
Decreto a mim: negligência para com o amor! E com esse dito infame, amaldiçoo qualquer branca de neve, de fome, de raiva, de medo, de nojo. Deixo meu ego transbordar mesmo sem ser tão prendado. Acredito que o espelho meu dirá, mesmo daqui a uns 60 e tantos anos, que não há ninguém como eu... Assim, displicente, travesso e sentimental.
Imagem: Charlize Theron como a Rainha Má do filme "Branca de Neve"
Capturada aqui.
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