23 de agosto de 2011

Supondo a mão no peito


Inebrio sentimentos numa nuvem de fumaça com sabor cítrico. São modos de desalienar as emoções e esse afeto por natureza dependente do outro.

As ralas nuvens brancas distribuídas pelo céu dessa noite tranquila parecem pedaços de mim, de nós... Que se movem lentamente desenhando figuras e insinuando junções promissoras e divertidas.

Lembro dos meus heróis e heroínas, aqueles que a lembrança infante mantêm vivos para ilustrar a proteção que ainda almejo. São saudades de mãe, de pai, de colo, de amor.

Assim, tocando em pensamento, desato os eus e os nós. Recolho o que esparramei dando nomes a essas partes de sonhos que ainda tenho. Se rezo, nessa prece meio profana a intenção é simplória e incerta... Me encontre lá na frente, no meio do caminho...


Foto: Odailso Berté

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