23 de setembro de 2011

Devaneio regado a merlot


Tomo tudo que me tem sido dito, feito, prometido, apontado, mentido, mostrado... E rezo sozinho, uma prece irônica, diante de uma taça de vinho, um cigarro e a música que diz tudo o que sinto agora.

Essa canção narra minha sina, habituada a amar depois da hora certa. Se eu pudesse, dava tudo o que tenho para que hoje fosse 27 de novembro de 2010. Eu já não sei bem quem sou e nem aonde vou, mas vim...

Não encontro moedas pelo chão, não vejo ninguém pra me abraçar nem pra me dar a mão... Nem sei se mereço. Talvez esteja querendo demais.

Minha carne dói. Cada músculo soletra as letras do nome bordado no teu uniforme. Íntimo desejo. Gosto amedrontado. Olhar incomum. Restos de amor em pedaços.

Ouvi dizer que você está bem... E nestes sorrisos encontro o muito que deixei para viver este pouco. Ah, tentei falar, mas você não soube ouvir.

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