2 de setembro de 2011

em desconstrução


Cansado de ouvir que eu só sei amar errado, cansado de me dividir, de ir e vir, levar e deixar pedaços de mim em lugares, corpos, sentimentos e saudades. Cansado de idealizar uma relação, uma pessoa, uma possibilidade que não cumpre essas expectativas utópicas e tão minhas.

Como diz a música que me rege nesse momento, muito pra mim é nada e tudo para mim não basta. Quero com ousadia e em demasia. Sonho que essas coisas boas daqui de dentro possam ser reais e me satisfazer um dia nisso que penso ser amor.

Seguindo com a canção, me pergunto: O que é certo no amor? O que falar, calar e querer? Dessa pergunta saem sons que me apontam evidências palpáveis, mas ainda em tempo de espera, de saber seus porquês. Se erro nas previsões, quero que ao menos aquilo que surge sem prever e já me toma de cheio, possa aprontar desconstruções e me deslocar dessas manias tortas de amar.



Imagem: TRYPTICHON 1 - Deconstruction of a Hero and recostruction of the Man - 2001
Fotografia de Alessandro Bavari
Capturada aqui.

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