O escuro e a calada da noite revelam nuances de gato negro, suspiros de doce vampiro, olhares de medusa que paralisam, uivos de lobos e luas, risos que divertem bem perto.
Sem nenhum propósito supersticioso o negro felino atravessa o caminho, arranha o asfalto do peito, salta o muro da minha fortaleza, mia manhas e falas que reverberam em minhas manhãs.
Melanina cheirando a paixão, tom e odor café, coco queimado, chocolate meio amargo, marrom bombom... Latente impulso que vê na cor e no gesto a simétrica beleza de proporções gregas.
Gostos pressentidos nos lábios, misturando rosa e preto, tirando palavras do corpo e aquecendo afetos no calor do sol negro da meia-noite.
Fotos: Deivid Amorim
Edição: Odailso Berté
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