31 de janeiro de 2010
29 de janeiro de 2010
(Mu)Dança de Paradigma
A contemporaneidade não é só um palco opaco por onde passamos mostrando nossas performances coloridas e diferentes. Há que contaminá-la e contaminar-se por ela. Dançamos dança contemporânea na medida em que refletimos com a/na nossa dança acerca daquilo que nos move enquanto corpos semoventes, que não está além do mundo, mas emaranhado no ambiente que dia após dia co-habitamos. Penso numa dança que seja filosofia de mim, de cada corpo, de todos nós seres humanos, animais filosóficos.
Fotos e texto: Odailso Berté
Horizontes em Casa
21 de janeiro de 2010
Ronaldo Fragânsias de Pina
Longe dos pavilhões da Bienal em São Paulo, tive meu Fashion Day em casa, ao vivo, pela internet. Sou seguidor confesso da coreógrafa Pina Bausch, mas não era, até então, do estilista Ronaldo Fraga. Dele, apenas boatos: “Estilista transgressor”; “Estilo cotidiano de moda”... Enfim, fui a ele, por causa dela.
Bendita ida!
Enquanto os outros desfiles, dos quais vi partes dos melhores momentos, eram lisos, retilíneos, sisudos e neutros de picardia... Ronaldo, na sua coleção Outono-Inverno 2010, trouxe dança para a passarela. Uma dança não-dança, a dança de Pina Bausch. Trechos da vida passando, desfilando. Sob um holofote azul, uma dançarina tocava um manso acordeão. Cadeiras ao longo da passarela... Nuances do doce/amargo Café de Pina.
Modelos/personagens iam e vinham trazendo em seus looks/figurinos referências dos odores, cores e dores dos memoráveis espetáculos Bauschianos. Em cada peça, uma cena.
O rosto de Pina aparecia do avesso, em cada modelo, cabeças viradas, na passarela e na platéia. Foi como ver muitas Pinas desfilando... Ruivas, morenas, louras... Arremessando histórias, perguntando-nos performativamente: O que nos move? O que faz com que nos vistamos? Não como nos movemos ou nos vestimos.
Para selar a amarração moda – cotidiano – arte – vida, nos moldes bauschianos, as modelos de Ronaldo finalizaram o desfile indo até o público e cumprimentando as pessoas. Gesto singelo que desconcertou a estrutura sisuda da Fashion Week. Nesse estilo de moda/arte, não entender nada é entender tudo.
Majestoso feito de Ronaldo, deixar fragânsias coreográficas emPINArem na passarela.
Veja um trecho do desfile aqui
Imagem: Odailso Berté
19 de janeiro de 2010
CONFIDENCIAL
A volta do filho prodígio
18 de janeiro de 2010
(Pa)Lavra Vulcânica
"Produzir um texto bom de ler é minha eterna busca. É minha maneira de dizer às pessoas que as quero bem. É a culinária que sei, a pintura que alcanço, a renda que me sai das mãos. E também meu desejo confesso de querer ser especial para a gente que amo. Algo de errado nisso? Escrever faz parte, ainda, do meu rito de ordenação de sentimentos" (WB).
15 de janeiro de 2010
Novela das mil Ave Marias
14 de janeiro de 2010
Pra não dizer que não falei das dores
"(...) a doença é uma espécie de manifestação de protesto do nosso corpo que precisa e tem direito a ser tratado com delicadeza. (...) Se há travas psicológicas na origem desta minha doença elas não estão nesta superfície (trabalho, estudo, afeto...). Se existem, estão num calabouço abaixo" (WB).
12 de janeiro de 2010
Seu Jorge, por favor, me empresta o violão
Olhai os lírios do corpo
Paixão de Corpus Tristi
11 de janeiro de 2010
Meus tipos inesquecíveis
Leia sem soletrar
5 de janeiro de 2010
Som e Luz em Corpos
Espetáculo Som e Luz em Corpos
Coreografia e encenação realizadas no Sítio Arqueológico e nas Ruínas de São Miguel das Missões/RS.
Dança-teatro que tem como palco o mesmo lugar onde a história real, da dizimação dos Índios Guarani, aconteceu.
Produzido pela Cia. Sarx de Teatro-dança
Criação e direção de Odailso Berté
MMX
Emblemáticas
Pisando
Passear, passar, ser passageiro que deixa pegadas, que tem boa pegada.
Pegar e levar, tocar e deixar, apenas olhar.
Pensar até com os pés, pesar e pestanejar.
Apenas penar não vale.
O vale que atravessamos pode ser sítio de pica-paus amarelos.
Picas e paus de todas as cores, de voar, de entrar, sair e gozar.
Pelas piadas desses pintos passamos, com pilhas de nervos.
Pêlos nos pés, meias e tênis novos, para novas passagens.