Uma simples música pop, de garotas conceitualmente meio suspeitas, toca e esclarece. Palavras simples, já ouvidas, mas que nesse dado momento tomam sentido concreto, me afirmam, digo de boca cheia. “Hush hush”, um silêncio dançante que me faz pensar/dançar no que fiz, no que sou, no que deixei fazerem comigo, no que devo deixar pra trás, como quero estar, no que desejo alcançar. Questões filosóficas...
Valorizo cada mínima coisa que vivi, que aprendi, que recebi, que fiz. E sei que tudo isso constitui parte de mim. Mas, tentando sentir a vida mais em mim, mais perto do osso, na carne, no (m)eu corpo, ser um homem forte não depende disso. Preciso de crítica. Mas quem precisa de algo(ém) marcando erros, pressionando, controlando, julgando, corrigindo, questionando gastos? Não quero mais!
Discursos agora não cabem, não diga nada. Silêncio. Hush!
Foi bom enquanto durou, já me disseram demais o que fazer.
Sinto por deixar, por tudo o que eu quis e não deixaram. Meu amor foi tanto, deveriam saber. Mas, meu lugar não é mais aqui, não quero mais conduzir as coisas assim.
Meus olhos doem, minhas mãos tremem, é visceralmente difícil desacreditar do que um dia foi meu projeto.
A princípio tive medo, achando que não viveria sem depender. Mas refleti e me fortaleci para seguir em frente. Enquanto souber amar estarei vivo. Tenho muita vida pela frente e muito amor para dar. Pode ser difícil, mas eu sobreviverei.
Hush! Ouça, eu fico com a palavra final:
Dignidade não se vende. Não vou estacionar.
(Foto de Luana Brant - 'Jogo Coreográfico' Goiânia 2008)
Valorizo cada mínima coisa que vivi, que aprendi, que recebi, que fiz. E sei que tudo isso constitui parte de mim. Mas, tentando sentir a vida mais em mim, mais perto do osso, na carne, no (m)eu corpo, ser um homem forte não depende disso. Preciso de crítica. Mas quem precisa de algo(ém) marcando erros, pressionando, controlando, julgando, corrigindo, questionando gastos? Não quero mais!
Discursos agora não cabem, não diga nada. Silêncio. Hush!
Foi bom enquanto durou, já me disseram demais o que fazer.
Sinto por deixar, por tudo o que eu quis e não deixaram. Meu amor foi tanto, deveriam saber. Mas, meu lugar não é mais aqui, não quero mais conduzir as coisas assim.
Meus olhos doem, minhas mãos tremem, é visceralmente difícil desacreditar do que um dia foi meu projeto.
A princípio tive medo, achando que não viveria sem depender. Mas refleti e me fortaleci para seguir em frente. Enquanto souber amar estarei vivo. Tenho muita vida pela frente e muito amor para dar. Pode ser difícil, mas eu sobreviverei.
Hush! Ouça, eu fico com a palavra final:
Dignidade não se vende. Não vou estacionar.
(Foto de Luana Brant - 'Jogo Coreográfico' Goiânia 2008)